|
Blog SLIDET - Notícias sobre Blur, Oasis, Verve, Richard Ashcroft, Graham Coxon, Gorillaz e The Good, The Bad and The Queen. |
Arquivos:
dezembro 2003 julho 2004 outubro 2004 novembro 2004 janeiro 2005 fevereiro 2005 março 2005 abril 2005 maio 2005 junho 2005 julho 2005 agosto 2005 setembro 2005 outubro 2005 novembro 2005 dezembro 2005 janeiro 2006 fevereiro 2006 março 2006 abril 2006 maio 2006 junho 2006 julho 2006 agosto 2006 setembro 2006 outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 maio 2007 junho 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 abril 2008 maio 2008 junho 2008 julho 2008 agosto 2008 setembro 2008 outubro 2008 novembro 2008 dezembro 2008 janeiro 2009 fevereiro 2009 março 2009 abril 2009 outubro 2010 dezembro 2010 janeiro 2011
|
Richard Ashcroft - Sobreviver é preciso
Quando todos esperavam que de Richard Ashcroft não pudesse mais sair nada de importante, eis que ele se redime e volta a pleitear o posto de número um do britpop. Para apagar o fracasso que foi sua estréia solo, nada melhor do que ressurgir com um ótimo álbum. HUMAN CONDITIONS, que será lançado apenas no final de outubro, significa a salvação do vocalista, que revela ter se permitido uma grande auto-reflexão e chega a falar algumas vezes sobre Deus e religiosidade. Eduardo Palandi já ouviu o disco e antecipa o segundo trabalho solo daquele que um dia foi o líder do badalado Verve.
Depois de quase naufragar em sua estréia solo, Richard Ashcroft ressuscita a carreira com um grande álbum. Muita gente sobrevive a coisas ruins. Richard Ashcroft é um sobrevivente de muitas delas: sobreviveu aos vários fins de sua banda, o Verve (o definitivo foi em abril de 1999), ao uso desregrado de drogas (que quase empacou sua carreira no disco de estréia do grupo, o fraco A STORM IN HEAVEN, de 1993), ao tempo e dinheiro mal-utilizados no primeiro trabalho como solista (ALONE WITH EVERYBODY, de 2000). Parecia ser um beco sem saída: Ashcroft tentava, sozinho, ser tudo aquilo que o Verve era. E se dava mal.
Nesses dois anos, quase não se ouviu falar do cara. A turnê de ALONE WITH EVERYBODY ficou apenas pela Europa, ele não participou de grandes eventos ou festivais, seu website não estava mais sendo atualizado. E o silêncio de um ano e meio irá terminar muito em breve: no final de outubro chega às lojas HUMAN CONDITIONS (Hut Recordings), segundo trabalho solo. A despeito do nome do álbum - um mar de pretensão - e da desconfiança criada em cima de Ashcroft pelo primeiro disco, é um dos melhores discos do ano.
A primeira faixa, CHECK THE MEANING, tem oito minutos e pode assustar por isso. Mas a orquestração suave faz com que o tempo seja bem gasto, aumentando o apetite pelas músicas seguintes. Na letra, na qual Ashcroft fala abertamente sobre paranóia, Jesus Cristo bate à sua porta. Durante o disco, Deus está no título de GOD IN THE NUMBERS, um blues construído sobre batida eletrônica, e no de LORD I'VE BEEN TRYING, a faixa mais fraquinha. Nesse ponto, dá para se lembrar do Spiritualized (ex-banda da mulher de Ashcroft, Kate Radley), com suas letras que por vezes beiravam o gospel. Também é possível rememorar a banda nas guitarras que duelam com o vocal angustiado de BRIGHT EYES. PARADISE é mais climática e traz backings femininos emoldurando a busca de Richard pelo seu amor no espaço, nas montanhas, nas ruas.
Em SCIENCE OF SILENCE, ele diz que está chorando, sente que é uma pedra que não pára de girar e que precisa se encontrar. E parece tão perdido quanto sincero, a julgar também por MAN ON A MISSION - bela balada sobre fugir usando drogas, que ficaria ainda mais bonita em uma versão totalmente acústica. O vocal trêmulo de Ashcroft, hoje com 31 anos, ganha a companhia de um pequeno coral. Que fica maior na faixa de encerramento, NATURE IS THE LAW, onde elementos que parecem ter saído das letras de Jim Morrison compõem o texto.
No final, entre erros e acertos, Ashcroft dá alguns passos à frente em relação ao disco passado e volta a pleitear o posto de número um do britpop. Alguns vão dizer que é tarde demais ou que mesmo esse disco se apequena diante da obra do ex-grupo. Mas para quem sobreviveu ao acidente que foi o fim do Verve, pode-se dizer que Richard Ashcroft já está acelerando rumo ao sucesso outra vez. Por http://www.bacana.mus.br/
slidet.com -
0 recados
|
|