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Blog SLIDET - Notícias sobre Blur, Oasis, Verve, Richard Ashcroft, Graham Coxon, Gorillaz e The Good, The Bad and The Queen. |
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Blur - Dez anos de britpop
06.02.2001 - Falar em música pop britânica dos anos 90 é obrigatoriamente falar do Blur, a banda que ao lado do Oasis resume o que foi o britpop da década passada. O que virá a partir de agora ninguém sabe, mas esses dez anos foram decisivos para perpetuar o Reino Unido como o berço da cultura pop mundial do século XX. A coluna aqui vai se limitar apenas ao Blur, única e exclusivamente porque a banda está completando dez anos de estrada. Lá se foram os anos desde que em 1992 os quatro garotos de Londres excursionavam pela Inglaterra junto com os ídolos do Jesus and Mary Chain, banda escocesa de talento e barulho ímpar do cenário musical inglês. Eram apenas moleques estreantes que mal seguravam a onda de tocar para ninguém menos que os irmãos Reid, na época com quase uma década de carreira e já pouco entusiasmados com o sucesso.
Hoje, o Blur esbanja uma sólida carreira composta por seis discos de estúdio, uma coletânea (THE BEST OF BLUR, lançada em outubro do ano passado e considerada pela crítica como uma das melhores já produzidas) e pelo menos uma obra-prima: PARKLIFE, de 1994. Esse disco foi o principal responsável pelo estouro dos garotos em solo britânico (mais da metade das músicas viraram hits: BOYS & GIRLS, END OF A CENTURY, THIS A LOW, e por aí vai) e deu o soco inicial para a rixa entre Blur e Oasis, que tanto alimentou a imprensa britânica.
Mas essa é uma história do passado. Nenhuma das bandas nutre mais a marqueteira briguinha. Os irmãos Gallagher decidiram concentrar o marketing neles próprios e o Blur cometeu o maior bola fora do britpop em 1999, o insoso 13. O que era pra ser um belo disco de dor de cotovelo (na época, Damon Albarn, o vocalista e principal letrista do grupo, havia levado um fora da namorada, fazendo com que o assunto fosse exaustivamente massacrado pela imprensa) acabou virando um disco repetitivo, com as mesmas microfonias, só que colocadas em músicas cantadas bem baixo. Apenas dois hits: a balada TENDER e COFFEE AND TV. Tudo bem, um ano depois eles dariam o ótimo THE BEST OF, para alegrar fãs e pagar parcialmente a dívida, pois para quitá-la a banda vai ter que entrar em estúdio novamente.
O Blur é formado pelos refinados ex-estudantes de arte Damon Albarn, Alex James, Graham Coxon e Dave Rowntree, que um dia decidiram ser músicos. Pela variedade e qualidade de sua obra, e não apenas pelos belos rostinhos dos seus integrantes (todos garotos bem criados), o Blur é aclamado pela imprensa britânica como a principal banda inglesa dos anos 90, sinal de uma bem conduzida carreira, que é claro, teve seus altos e baixos. No início dos anos 90, quando o Blur começou, a ordem para fazer sucesso na Inglaterra e conquistar o coração da mídia era tocar rock indie dançante, ao estilo das bandas do momento Stone Roses, Primal Scream e Happy Mondays. Eles começaram pelo caminho contrário: SHE'S SO HIGH, o primeiro vamos dizer hit, era uma arrastada balada, nada a ver com o som pós-psicodélico que imperava na época.
Foi preciso que cometessem a bela THERE'S NO OTHER WAY, do álbum LEISURE, de 1991, até hoje a melhor música do Blur, para caírem nas graças da crítica. Bem ao estilo indie-dance, com uma irresistível guitarrinha e um vocal "a la anos 80" de Damon, a música chegou ao Top 10, levando a banda para a MTV. Pronto. Era o auge do britpop e o Blur era aclamado como o melhor representante deste estilo. Chegava 1993 e o Blur lança MODERN LIFE IS RUBBISH, disco classificado pelos entendidos como "imprescindível para se entender a produção musical do Reino Unido ao longo dos 90". Entre os destaques, CHEMICAL WORLD, inacreditavelmente de fora da coletânea. Depois veio PARKLIFE, que inaugurou a rixa com o Oasis pela parada britânica. Ainda passaria por mais um disco, THE GREAT ESCAPE, de 1995, até que o Blur chegasse à América, levado pelo estrondoso sucesso de SONG 2 (aquela do "hu hu", que embalou a trilha sonora do filme de Pânico), do disco BLUR, em 1997.
O disco teve forte influência de Pavement, namorou com o hip-hop (em ON YOUR OWN, uma das melhores) e muito barulho. Era o "álbum americano", assim como aconteceu com o U2 em THE JOSHUA TREE (bandas britânicas que se aventuram e dão muito bem em solo americano), mas que acabou magoando os fãs inglesinhos. Os críticos também apontam este como o principal responsável pela morte do britpop (no mesmo ano, o Oasis colhia os frutos ruins do estridente BE HERE NOW). Em 1999, como já foi dito, 13 ficou devendo. Agora, com a parada britânica sendo tomada por novatos como Belle and Sebastian, Travis e Coldplay, todos avessos às brigas e badalações do cenário pop britânico, fica difícil prever qual será o futuro de uma banda como Blur, tão inglesa, tão britpop e brilhantemente talentosa. Por http://www.unisite.com.br/
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